quinta-feira, 26 de abril de 2007

Ops

Hoje recebemos a nossa reportagem O Povo Fala avaliada por quem entende do assunto - a professora - e o resultado não foi dos melhores. Ela gostou do vídeo em si, da edição e talz, mas achou o tema pouco jornalístico, "meio TV Fama".

De fato é, né? Ninguém vai dizer que BBB é uma questão crucial do mundo, mas nós bisnaguinhas não tínhamos entendido que a reportagem tinha que passar em um jornal jornal mesmo. A gente achou que podia ser uma coisa bem informal, se não TV Fama, pelo menos Video Show. Achamos errado. Em breve são vocês que vão poder achar algo, já que o vídeo vai ficar "em cartaz" no Bisnaga.

domingo, 22 de abril de 2007

Aula na TV

Na semana passada, o Bisnaga deu uma boa dica para aqueles que, como os membros da redação, adoram ver gente ficando constrangida na TV. Na ocasião, avistamos um momento vergonha alheia em potencial no Marília Gabriela Entrevista, porque a apresentadora que dá título ao programa perguntaria a Diego Alemão se ele já tinha chegado aos finalmentes com sua amada Íris.

Como bons aspirantes a jornalistas, nós do Bisnaga pensamos em alguns eufemismos e insinuações que Marília Gabi Gabriela poderia usar na hora de fazer tal pergunta. No entanto, fomos surpreendidos pela finesse da so-called melhor entrevistadora do Brasil (suspiro), que para nosso deleite soltou a seguinte pérola:


- E o sexo, deu certo?


A frase seria cômica por si só, mas ficou melhor ainda quando pronunciada pela Marília Gabriela, com sua característica balançada de cabeça e seu característico tom de voz de quem acha que está fazendo a pergunta mais séria e relevante do mundo inteiro. Vendo que o Alemão estava envergonhado, ela se justificou lindamente:


- Não, porque é importante, porque tem essa coisa de você confinado, e ficar pensando, e aí o platonismo é uma história.


A frase - que para os padrões do Gilberto Gil deve ter sido genial - seria cômica por si só, mas ficou melhor ainda com os gemidinhos da Marília Gabriela. Realmente, a mulher estava inspirada. Tão inspirada que ainda lançou mais uma:


- E vocês também estão preparados para eventualmente se o romance acabar? Porque o confinamento terminou e vai ter um convívio e tal.


Retiramos o suspiro entre parênteses de algumas linhas acima: sem dúvida, é a melhor entrevistadora do Brasil. Quando crescermos, nós bisnaguinhas queremos ser igual à tia Gabi. E vocês, leitores, depois de conferir esse marco do jornalismo mundial, também vão querer:

sábado, 21 de abril de 2007

Salvação

Dizem por aí que a Globo quer dar um up na novela das oito, Paraíso Tropical, às custas do vencedor do BBB, Diego Alemão. A idéia mirabolante teria partido do diretor Dennis Carvalho, e o papel da nova sensação da TV seria o de um garoto de programa. Se aceitar o convite, Alemão vai ter um caso com a personagem Ana Luísa, interpretada pela atriz Renée de Vielmond, aquela que é casada com o ex-bonzinho e atual chifrador profissional Tony Ramos.

Paraíso Tropical vem patinando no ibope por razões diversas, entre elas a falta de química do casal Fábio Assunção e Alessandra Negrini e o formato "paisagens do Rio de Janeiro" que lembra muito a antecessora Páginas da Vida (e praticamente todas as novelas das oito, na verdade). Para a direção da Globo, Alemão pode ser a única pessoa capaz de salvar Gilberto Braga e companhia de um fiasco total. Vale lembrar que Grazi Massafera foi um dos maiores destaques de Páginas, cerca de dois anos depois de ter estourado no BBB. Imagina o estrago que o Alemão não faria bem agora, no auge.

Nenhum membro da redação do Bisnaga é ator ou especialmente fã das técnicas ensinadas no Actors Studio, mas nos parece meio bizarro que a principal emissora de teledramaturgia do país aposte tantas fichas em um cara que até ontem era administrador de empresas. Não é que a gente já esteja supondo que ele não tem talento. Pode ser que tenha, ué. Tem gente que arrasa sem nunca ter estudado atuação na vida. Quem é que pode ter certeza? Até agora o que a gente sabe é que ele é muito popular.

Será sinal dos tempos que a tão sagrada novela das oito, a instituição novela das oito, não só incorpora ex-BBBs ao elenco, mas os encara como salvadores da pátria? Hum...

Sob velha direção

A redação é a mesma, mas o nosso layout...quanta diferença!

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Ilhados

Dois dias depois da gravação da reportagem O Povo Fala, chegou a hora de editarmos nossas imagens, escolhendo apenas o melhor dos nossos 27 minutos de material.

Em um primeiro momento o pequeno estúdio de TV, com seus vários monitores e milhares de botõezinhos, pode ser um pouco intimidante. Mas graças à ajuda dos técnicos muitíssimo prestativos, conseguimos passar pelos obstáculos tecnológicos e assistir nossas entrevistas.

Descobrir ou relembrar a resposta de cada entrevistado foi sem dúvida a parte mais divertida do trabalho. Nos surpreendemos com pessoas engraçadíssimas que soltaram pérolas do tipo “não assisto Big Brother porque prefiro programas de qualidade, como o Pânico ou o Faustão”. Ou ainda um fã de carteirinha da emissora, que acompanha o programa porque só gosta da “Grobo” e assiste tudo que é da “Grobo”. Conversamos com todo tipo de pessoa: de velhinhas revoltadas, passando por venezuelanos e ingleses, até meninas super fãs do Diego Alemão.

A etapa seguinte foi um pouco mais complicada: tínhamos que escolher apenas 2 minutos para entrar na versão final. Tínhamos um bom material, e se deixássemos tudo o que havíamos gostado, ultrapassaríamos esse limite. Conseguimos, com dor no coração, deixar algumas respostas de lado e concluir nossa edição.

Do alto da nossa modéstia (até parece), podemos dizer que o trabalho pronto ficou muito legal, extremamente engraçado. Por isso sentimos que é mais do que justo usarmos as "páginas" do Bisnaga para agradecermos a todos que nos ajudaram nessa empreitada: o técnico do laboratório de TV, o cinegrafista e principalmente a todos que passavam pela Paulista no dia 3 de abril e pararam para falar com a gente!

Para expressarmos nossa gratidão, prometemos ser bem mais simpáticos com câmeras, repórteres e pessoas em geral que queiram fazer uma perguntinha pra gente no meio da Paulista - desde que ela não seja "gosta de teatro?" ou "já conhece o cartão blá blá blá?". Gratidão tem limite, né?

domingo, 15 de abril de 2007

Motivo

Um pouco antes da final do BBB 7, Eduardo Valente, do Cinética, publicou um artigo intitulado Por que eu assisto ao Big Brother Brasil?. O artigo apresenta bons argumentos, e vale a pena ser lido em sua íntegra. Abaixo, alguns dos melhores trechos do texto:

Para mim é impressionante pensar no trabalho envolvido no acompanhamento de 40 câmeras e outros tantos microfones, buscando criar uma dramaturgia que simplesmente nunca pára de ser escrita.

Este trabalho de edição é complexo por uma outra série de motivos – sendo o primeiro deles, claro, o fato de que o roteiro não está escrito. Assim, por mais que se deseje manipular o que acontece dentro da casa através de cortes e retiradas de contexto (o que, é importante dizer, não me parece nada de errado – afinal em reality show, as pessoas parecem esquecer que a palavra principal para o programa é show), esta manipulação se dá sempre a posteriori, e sempre pode precisar ser repensada a partir de eventos que aconteçam a seguir.

Esta possibilidade de interpretar a si mesmo (um “eu” consciente do estado de teatro constante em que se encontra) vem junto com uma responsabilidade quase imensurável – afinal, quem conseguiria ser “coerente” (seja lá o que seja isso) a um mesmo personagem 24 horas?

Outra crítica é de que o ócio em que vivem é mau exemplo para o espectador e que sua inacessibilidade ao estudo ou à cultura seria um desserviço da televisão – ora, por mais sensível que eu seja à necessidade de se incentivar o interesse pela educação e cultura, eu não quero ficar assistindo pessoas lendo ou tendo aulas numa tela de TV: uma questão não tem a ver com a outra (assim como as críticas aos personagens por serem “burros” ou “pouco interessantes” falam mais do preconceito, ou hipocrisia, de quem assiste, e da sua pouca capacidade de enxergar interesse em seres humanos ou personagens para além de noções pré-concebidas do que seja a cultura).

A via sacra...


Em outro post, falamos sobre o grande destaque que Diego "Alemão" está tendo na mídia. Para aproveitar o calor do momento, a equipe de produção do GNT optou por colocar a entrevista de Diego para Marília Gabriela no lugar da já agendada entrevista com a ex-bbb Grazi Massafera.

De fato, é impressionante notar como a Globo consegue se aproveitar da fama dos grandes destaques do BBB. Em pouco tempo, Diego já comentou futebol ao vivo, já foi jurado da Dança dos Famosos no Faustão, já fez um piquenique televisionado em companhia de sua namorada Íris, participou do Altas Horas, e esteve durante toda a semana no Video-Game, da Angélica.

A cada notícia publicada sobre Diego no site da Folha, ou sobre a participação dos ex-bbs em programas da Globo, geralmente as mais lidas do site, como esta que você vê abaixo, aparece sempre um mesmo termo: a "via sacra".

A presença de Diego no Altas Horas foi mais uma etapa da via-sacra enfrentada pelos ex-participantes do BBB7 pela programação da Rede Globo.


O site da Folha não se engana, é praticamente uma procissão que essas 16 pessoas, ou as mais momentaneamente famosas delas, estão participando. A Globo, por enquanto, tem exclusividade total sobre todos os participantes, e até que todo interesse sobre eles se esgote, é a Globo quem vai garantir mais ibope.

Quando acabar essa "via sacra" pela Globo, inicia-se a "via sacra" pela televisão brasileira. E todos os programas "B" de outras emissoras vão tentar lucrar ao menos o pouco que resta com os ex-bbs. E tudo que veremos é Fani participando do programa do Gilberto Barros, Alberto como jurado no Raul Gil, Airton participando das brincadeiras do Gugu, Carol no programa da Sônia Abrão comentando o BBB 8, e todos sendo ridicularizados por Vesgo e Sílvio.

Nada é novidade no Big Brother, mas ano a ano é esse o programa que mais dá audiência e não sai da boca do povo.

Ano que vem tem mais.

Update

dois posts atrás nós falamos sobre Red Road, filme dinamarquês que se passa em uma sociedade vigiada por câmeras, e dissemos que a produção não tinha data para chegar ao Brasil.

No entanto, vimos que o trailer já está passando no Cinesesc e que a estréia está marcada para o dia 4 de maio. O título em português é - argh - Marcas da Vida.

A redação do Bisnaga está curiosa, mas também com um pé atrás e uma certa má vontade em relação a ele. É que, no trailer, os caras reproduzem trechos de críticas de jornal que dizem "esse filme ecoa Haneke" e "esse filme lembra tal filme do Lars Von Trier". Tudo bem, é o primeiro longa desse tal Andrea Arnold, mas que respeito a gente vai ter por um cara cujo grande mérito é imitar cineastas famosos? A originalidade da proposta já se perdeu na falta de originalidade do diretor, pô. Assim não dá.

sábado, 14 de abril de 2007

Troca-troca

Em entrevista à Marília Gabi Gabriela que vai ar neste domingo, às 22h, no GNT, Diego Alemão garante que o romance com Íris continua, e que agora os dois já se conhecem...melhor. Vale assistir o programa só pra saber quais palavras a Marília Gabriela usou para fazer uma pergunta tão pessoal. Se bem que, sendo o entrevistado um ex-Big Brother, entrar na intimidade deve ser mais fácil. Se expôs uma vez, um abraço. Sua vida sexual virou domínio público.

A grande curiosidade dessa história toda é que a entrevista com o Alemão entrou de última hora no lugar de um programa já gravado com ninguém mais ninguém menos que Grazielli Massafera, grande destaque do Big Brother 5. Ainda no campo das curiosidades, enquanto o Alemão foi na Marília Grabriela para falar do início do relacionamento com Íris, Grazi iria falar sobre o fim do namoro com o também ex-BBB Alan. Só que agora ela não tem data para ir ao ar.

Fazer o quê, né? Novela das oito pode até dar uma prolongada nos seus quinze minutos de fama, mas para cada Big Brother há um participante bola da vez. E que seja eterno enquanto dure.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Watching you

Estreou hoje nos Estados Unidos Red Road, primeiro longa de Andrea Arnold, vencedor do Oscar 2005 pelo curta Wasp. Premiado pelo júri em Cannes, a produção conta a história de Jackie, uma mulher cujo serviço, advinhem, é observar a vida das pessoas. Isso porque o filme se passa em uma sociedade completamente vigiada, ou como explica A.O. Scott, crítico de cinema do The New York Times:

"Red Road takes place in a world where the daily activities of citizens are subject to constant surveillance. That is, it takes place in an ordinary city — Glasgow, as it happens — at the present time. The dire Orwellian warning that Big Brother is watching has evolved from a grim fantasy of totalitarianism into a banal fact of life, in democratic as well as in authoritarian societies. The security cameras fastened on lampposts and the sides of buildings, after all, are put there with our safety in mind, and we have learned to view them with more reassurance than alarm when we notice them at all."

O trailer - que está aí embaixo - é bem sombrio e a proposta parece interessante, pois a protagonista se relaciona com um homem que observa, e isso traz um climão de suspense e tal e coisa e coisa e tal. Red Road não tem previsão de estréia no Brasil.

Com ver gentes

É interessante perceber o fascínio que a televisão exerce sobre as pessoas. E não é só sobre o brasileiro, que diz ter vergonha, mas que não resiste àquela lente que parece intimidar até o mais experiente apresentador de TV, mas também sobre estrangeiros.

No dia em que saímos às ruas para a gravação da reportagem O Povo Fala, encontramos um grupo de ingleses e um outro de venezuelanos, que concordaram em dar uma pequena declaração sobre o Big Brother. Ambos gostavam do programa e ficaram bem animados em dar uma entrevista para a "televisão".

Por outro lado, muitas pessoas não queriam nem saber qual era a questão que aquele grupo de estudantes estava fazendo. Então percebemos que uma abordagem mais direta funcionaria melhor do que “posso te fazer uma pergunta?”.

Não sabemos se era a imponência do conjunto câmera + microfone + repórter de televisão que fazia as pessoas pelo menos olharem para nós, mas funcionou. Mesmos aqueles que diziam ter pressa, paravam por um segundo depois que ouviam o nome do programa. Será que eles pensavam que a entrevista era pro Fantástico?

Também foram engraçadas as reações e o tratamento dispensado à repórter nas ruas: abraço de uma senhora, cantada de homem “sedutor” e perguntas sobre a qualidade da resposta, como se nós da TV soubéssemos de tudo. E olha que nem da TV nós somos!

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Mistério

Uma das coisas mais curiosas que aconteceram durante a gravação da reportagem O Povo Fala foi a necessidade de mudarmos a pergunta que estávamos fazendo no meio do processo. É que quando perguntávamos "por que você assiste Big Brother?", muitas pessoas davam a seguinte resposta:

- Não assisto.

Para que isso não servisse de desculpa para apressadinhos, envergonhados e/ou mal humorados não darem seus depoimentos, resolvemos mudar a questão para "o que você acha do Big Brother?". Aí ficou mais difícil para a tchurma escapar.

Ainda assim, nos chamou a atenção o grande número de pessoas que NÃO assiste Big Brother. Aliás, tem tanta gente que NÃO assiste Big Brother que fica difícil entender como esse programa consegue ser sucesso de audiência.

Mas tudo bem. Quem nunca escondeu uma Contigo! dentro de uma Caros Amigos que atire a primeira pedra :-)

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Aquecimento

Antes do povo, fala Pedro Bial...

terça-feira, 10 de abril de 2007

Vencedor

A essa altura do campeonato todos conhecem esse rosto, estampado em todas as Ti-ti-tis da vida durante os sabe-se-lá quantos meses em que a Globo exibiu o Big Brother Brasil 7. É o administrador de empresas Diego Bissolatti Gasques, Alemão para os íntimos.

No caso, íntimos somos todos nós, ou pelo menos todos os milhares de telespectadores que acompanharam o reality show. Seguindo o figurino, quer dizer, o formato, o BBB 7 acabou com a idéia de privacidade, e mostrou brigas, amores e outras coisitas do nosso amigo aí de cima. Resultado: com 91% dos votos, o cara foi escolhido pelo público (ao menos em tese, né?) para receber nada mais nada menos que 1 milhão de reais.

Como nossa gravação do trabalho O Povo Fala cairia bem na data da final do programa (3 de abril de 2007), resolvemos fazer a seguinte pergunta às pessoas que passassem pela Avenida Paulista naquela manhã: afinal, por que você assiste Big Brother?

Pergunta bem simples, mas que rendeu boas respostas, a serem conferidas aqui mesmo. Fique de olho para dar aquela espiadinha...

Start me up

Diálogo no telefone 1:

Rê - Hoje eu falei pro pessoal que sempre quis ter um coelho chamado Bisnaga e todo mundo ficou me zoando. Você não acha que ia ser legal um coelho chamar Bisnaga?
Lu - Sei lá, Rê, acho que ia.

***

Diálogo no telefone 2:

Lu - Precisamos de um nome pro nosso blog.
Rê - Ah, já que eu não posso ter um coelho chamado Bisnaga, bem que eu podia ter um blog, né?

***

E assim foi.