quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Falha nossa

Nós bisnaguinhas adoramos fazer listas. Nós bisnaguinhas adoramos ver televisão. Nós bisnaguinhas adoramos ver gafes na televisão. Nós bisnaguinhas adoramos o YouTube. Como resultado, fizemos um top list com cinco grandes momentos do jornalismo brasileiro. Afinal, quem não gosta de ver o script ir por água abaixo?

5. Apresentadora xis e Hermano Henning no SBT Brasil
Boa noite.


4. William Waack no Jornal da Globo
Ops...



3. Tino Marcos no Globo Esporte
Machucou?



2. William Bonner no Jornal Nacional
Mas já?


1. Lillian Wite Fibe no Jornal do Terra
Hours concours

O papel dos jornais


O gráfico acima mostra as mudanças nos números referentes à circulação de alguns jornais americanos - em geral, houve queda de 2,4% no último ano. Em reportagem do New York Times, alguns executivos disseram estar otimistas em relação à possibilidade de ocorrer aumento da publicidade nos sites dos jornais, que não apenas "roubam" leitores dos jronais como também atraem um público jovem. No entanto, o mercado publicitário ainda valoriza muito mais o leitor dos impressos que o leitor de conteúdo online. Ainda...mas até quando?

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Dupla explosiva

A revista Wired desse mês publicou uma entrevista interessante com James Murdoch, um dos filhos do nosso querido Rupert, aquele pobre coitado que quase não tem dinheiro pra gastar e meios de comunicação pra controlar. Seguindo a linha filho de peixe peixinho é, James (o moço da foto ao lado), aos 34 anos, comanda a British Sky Broadcasting, um serviço de televisão via satélite que dá grana até não poder mais. Na entrevista ele diz que está trabalhando em um projeto muito doido que vai levar para a televisão anúncios desenvolvidos no estilo internet. E quem é o parceiro na empreitada, senhoras e senhores? Ninguém mais ninguém menos que o Google. Agora, caros amigos, fechem os olhos, respirem fundo, e imaginem o estrago que um Murdoch e o Google não podem fazer trabalhando juntos...

Hollywoodland

Deve começar hoje a greve do sindicatos dos roteiristas dos Estados Unidos, que reúne profissionais que escrevem textos para filmes, seriados de TV e talk shows. Basicamente eles exigem, em negociações com o sindicato dos produtores, que a categoria tenha uma maior participação nos lucros dos produtos que ajudam a criar, especialmente os obtidos com as vendas de DVD e com a exibição dos filmes e programas na internet.

Como os estúdios têm muitos roteiros prontos para serem filmados, a indústria cinematográfica deve ser a menos afetada. As emissoras não precisam se preocupar tanto com os seriados, já que as filmagens começam antes da exibição, e há muitos episódios prontos para irem ao ar. Quem vai sofrer mesmo são os talk shows, como Late Show With David Letterman, que toda noite chegam à tela dos americanos com piadas recentes, feitas a partir das notícias do dia. No início da greve, o programa de Letterman e outros como The Daily Show With Jon Stewart, Late Night With Conan O’Brien e The Tonight Show With Jay Leno vão apostar nas reprises. Se os roteiristas demorarem a voltar ao trabalho, será preciso outra estratégia.

A última greve, que aconteceu em 1988, demorou tanto que David Letterman se viu obrigado a escrever todas as piadas sozinho. No primeiro programa, ele disse ao público: "Não temos nada pra fazer, porque os roteiristas não estão aqui, então um cara vai vir fazer a minha barba", brincou, para depois completar: "Faltam só 55 minutos, senhoras e senhores, só 55 minutos!". Vamos ver no que vai dar.

domingo, 4 de novembro de 2007

E-mail atrapalha?

Leitores perguntam a Eilene Zimmerman, colunista do New York Times, como fazer para não deixar o e-mail atrapalhar o trabalho nosso de cada dia, e as respostas são bem interessantes:

- Enquanto alguns cientistas/psicólogos dizem que ficar checando o e-mail ferra a concentração porque "é impossível fazer duas coisas ao mesmo tempo", outros dizem que essas breves interrupções podem estimular a criatividade e facilitar a resolução de problemas;

- Alguns "carreer coaches", aqueles que ajudam as pessoas a se darem bem na carreira, recomendam que todo mundo só abra o e-mail duas vezes durante o expediente: às 10h e às 13h. Outros um pouco mais normais dizem que marcar horário pra poder ver e-mail pode causar stress e ansiedade;

- Dica inusitada de especialistas: na hora de criar pastas, use apenas substantivos, pois as qualidades expressas por adjetivos podem variar de acordo com o seu humor (será que tem gente que abre pasta do tipo "chefe chato" ou "secretária gostosa"?);

- E para terminar, dica para receber menos mensagens: responda menos mensagens, porque "é muito fácil ficar preso a uma longa lista de cortesias desnecessárias e urgências ilusórias".

E depois dessa todo mundo vai dar um enviar/receber...

Expectativa

A TV Brasil, nova emissora pública do país, vai começar a operar no dia 2 de dezembro. Se tudo der certo, né, porque o DEM está entrando com uma representação contra a Medida Provisória que criou o canal, e as emissoras comerciais estão querendo dar umas mudadinhas no texto também. A presidência da TV Brasil ficou para Tereza Cruvinel, colunista política do jornal O Globo, e haverá um conselho curador de 15 membros para assegurar que a programação não tenha interferência do governo. 14 dos 15 membros serão escolhidos pelo Lula, mas como diriam os americanos, what else is new? O Bisnaga quer saber o que os ilustres visitantes esperam da TV Brasil, então, por favor, deixem seu lindo votinho na enquete da quinzena, que fica aí no menu lateral.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Paralelos

Será que está virando moda um entrevistado que se incomoda com a pergunta do jornalista levantar da cadeira, tirar o microfone e ir embora? Depois de a Mônica Veloso fazer isso com o Roberto Cabrini, foi a vez do presidente da França, Nicolas Sarkozy, fazer o mesmo com uma entrevistadora do 60 Minutes, um dos mais importantes programas jornalísticos dos EUA. Mônica se incomodou quando Cabrini perguntou sobre Renan Calheiros, sendo que ela só apareceu na mídia porque tem filha com o Renan Calheiros, recebe pensão do Renan Calheiros e sabe de maracutaia do Renan Calheiros. Se ela não quer falar do Renan Calheiros talvez seja melhor não da entrevista, né? Ou ela acha que alguém está interessado no que ela tem a dizer sobre qualquer outro assunto? Já Sarkozy ficou bravo quando questionado sobre os rumores de que ele e a mulher estariam separados. De fato, não é a pergunta mais agradável do mundo, mas o cara é presidente de um país. Se não consegue encarar essa pergunta, imaginem as cabeludas de verdade. Os vídeos:

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Disputada bem-humorada

A essa altura do campeonato, ninguém mais nega o poder e a influência da internet em qualquer setor. O que ainda não havia acontecida é uma utilização tão difundida do meio em campanhas políticas, como está acontecendo na eleição presidencial dos EUA. O embate é entre Barack Obama (candidato preferido pela equipe do Bisnaga) e Hillary Clinton. A última de Barack Obama foi a de comparar - ainda que indiretamente - Hillary com Bush em sua newsletter, enviada a todos os usuários cadastrados em seu site. Na newsletter, o atual senador afirma o seguinte:

I'm leaving the Tonight Show studio and I wanted to share something.

Jay Leno just asked if it bothers me that some of the Washington pundits are declaring Hillary Clinton the winner of this election before a single vote has been cast.

I'll tell you what I told him: Hillary is not the first politician in Washington to declare "Mission Accomplished" a little too soon.

Basicamente, Barack faz uma alusão a epígrafe que utilizada por George Bush em sua campanha presidencial às eleições de 2004. Até aí, tudo bem, cada candidato pode ter uma visão crítica sobre o outro; geralmente é esse o tom da disputa, e não importa que seja majoritariamente através da internet que essa luta esteja se desenvolvendo.

O que não pode acontecer, e tem acontecido, é os candidatos aproveitarem o espaço da internet para brincarem com as eleições. O circo foi armado quando foi divulgado um vídeo em que uma modelo canta uma patética música sobre as razões que a fazem amar Obama (a mulher ficou conhecida como Obama's Hot Girl). Eis então que, em uma tentativa de responder esse enfadonho vídeo, uma outra modelo aparece em um vídeo cantando sobre seu amor à Hillary (amor mesmo, com frases do tipo "eu sei que você não é lésbica, mas espero que ao menos seja BI). A piada é tão constrangedora, e tudo pegou tão mal para os eleitores americanos, que o assunto foi rapidamente abafado, e muito pouco se comenta sobre o apoio dessas modelos na campanha presidencial. Mas, como as eleições ainda estão longe de acontecer, muita coisa bizarra ainda está por vir, é só esperar para ver. Enquanto isso, confira as modelos que "amam" e defendem Barack e Hillary. Divirta-se:

"I got a crush on... Obama"



"Hot 4 Hillary"

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Mundinho da comunicação

Toda profissão, invariavelmente, acolhe pessoas incompetentes que, por algum motivo, dão certo em seu meio e são incrivelmente respeitadas. O mundo da comunicação abriga uma parcela grande dessas pessoas. Seja no jornalismo, com uma gama de pessoas que se acham melhores que as outras só porque já trabalharam no lugar X ou Y, seja na publicidade, que abriga moderninhos metidos a criativos mas que, na verdade, têm as mais batidas idéias para seus trabalhos. O vídeo abaixo comprova um pouco essa condição. Atuado ou não, Bruno Divetta (febre no YouTube) dá uma prova de como ser ridículo e, mesmo assim, respeitado em uma profissão:

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

O futuro é agora

Bisnaga, 12 de setembro de 2007:

E porque a internet não pára de se transformar, é bem possível que, daqui a alguns anos, um ato como deixar um comentário em um blog se torne algo totalmente ultrapassado. Talvez as pessoas prefiram se pronunciar sobre o que outro escreveu publicando um arquivo de áudio ou entrando em uma teleconferência com o autor, no mesmo instante.


USA Today, 18 de setembro de 2007:

TMZ.com, the fast-growing entertainment blog co-owned by AOL, has started letting readers post audio comments about items on its website for playback by other people at the site. That's a next-generation leap from the written comments many sites have added.


Daqui a alguns anos....pfffff...

Bodas de prata

O aniversariante da semana é um jovem que nasceu no dia 15 de setembro de 1982 causando grande impacto na imprensa mundial. Antes de a internet se tornar a febre que é hoje, ele já estava atento às tendência do futuro. Ele é o USA Today, jornal norte-americano famoso por usar muitas cores, gráficos e imagens em suas páginas, além de publicar textos curtos e fáceis de ler.

Hoje a proposta pode até soar banal, mas na época foi tão inovadora que chocou muita gente. Aos poucos, muitos jornais aderiram a algumas das propostas do USA Today, que também foi ganhando maturidade e aprendendo a importância de se investir em reportagens de fôlego. Atualmente, o diário tem circulação de 2,3 milhões de exemplares, a maior dos Estados Unidos. Para quem não conhece esse jovem revolucionário, fica a dica: www.usatoday.com





segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Quando a TV é genial

Ontem foram entregues os prêmios do Emmy, considerado o Oscar da televisão americana. A cerimônia foi mais chata que o normal das premiações, mas valeu a pena assistir porque Jon Stewart, Stephen Colbert e Steve Carrell nos presentearam com um dos momentos mais hilários da TV. Começou com uma zoação com o Al Gore, passou por uma zoação com as premiações e terminou numa festa. Não percam, são só 4 minutinhos:

sábado, 15 de setembro de 2007

Regra de três

O blog do Josias de Souza informou que as concessões das quatro maiores emissoras de TV do Brasil (Globo, Bandeirantes, SBT e Record) expiram em 5 de outubro de 2007. Essas concessões vencem a cada 15 anos, e é sempre a mesma coisa: os chefões das redes se encontram com o presidente do Brasil, assinam uns papéis, renovam a licença e tudo continua igual.

Como dessa vez quem está no poder é o companheiro Lula (que sabe-se lá como continua com a imagem de líder esquerdista), os movimentos sindicais e sociais querem ver se a coisa muda de figura. CUT, UNE e MST já começaram a pressionar o governo a "verificar se as emissoras estão cumprindo o seu papel" antes de renovar as concessões. Mais: pedem "controle social" aos meios de comunicação eletrônicos e querem participar do debate. No próprio dia 5 eles começam uma campanha "por democracia e transparência nas concessões de rádio e televisão do país", em atos públicos que se estenderão por todo o mês, em Brasília e outras capitais.

O argumento principal é que as emissoras de TV ferem o artigo 221 da Constituição, segundo o qual a programação dos meios de comunicação deve cumprir o seguintes pontos: “preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente; regionalização da produção cultural, artística e jornalística; e respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família”.

A nós bisnaguinhas, a idéia é bacana e tal, mas já parece meio fadada ao fracasso, por três motivos principais:

1. O óbvio: quem vai querer comprar briga com a Globo?

2. O político: mesmo que o Lula resolva cassar a licença de qualquer emissora, o projeto ainda precisa ser aprovado por pelo menos dois quintos da Câmara e do Senado; um número muito maior do que isso é dono (ilegal) de concessão. Logo, é bem provável que vigore a lei do "esconde o seu que eu escondo o meu".

3. O constitucional: vamos esperar que os outros artigos da nossa Constituição sejam um pouco menos abrangentes que o 221; dá cinco minutos pro advogado da Globo e ele prova por a mais b que até o Big Brother tem finalidades artísticas, culturais e informativas.

Midi...quê?

Você sabe o que faz um midiálogo? Assim como nós bisnaguinhas, provavelmente não. Então aqui vai a primeira dica: o midiálogo é o profissional que se forma em um dos mais recentes e disputados cursos da Universidade Estadual de Campinas: Comunicação Social – Habilitação em Midialogia. Ajudou? Curiosamente, não muito.

Em 2007 o curso forma sua primeira turma (a dos ingressantes em 2004), e até agora ninguém parece saber direito se Midialogia está para a Unicamp como Imagem e Som está para a Ufscar, Audiovisual está para a USP, Jornalismo e/ou Rádio TV está para a Cásper, etc.

A ficha do curso define que ele está "organizado em torno de um conjunto de disciplinas obrigatórias nas áreas de formação humanística e tecnológica, na área de formação estética e de instrumentos de expressão e em desenvolvimentos de projetos integrados." E segue, explicando melhor: "Mediante a fragmentação das linguagens [que, na verdade, é uma (re)criação de discursos a partir de vários originais para gerar um novo plano comunicacional], ao futuro profissional da área de mídia é pedido que saiba ler, que conheça os códigos e que manipule as ferramentas de luz, som, TV, rádio, cinema, vídeo, mídia digital, entre outras. "

Traduzindo para o bisnaguês, o curso de Midialogia é um resultado ou pelo menos um reflexo da importância que a convergência de mídias está ganhando tanto no mercado quanto nas universidades brasileiras. É cada vez mais fundamental que um profissional de comunicação saiba lidar com todo tipo de formato e linguagem, e é por isso que os cursos da área (seja Jornalismo, Publicidade, Rádio e TV, Cinema ou qualquer outro) precisam ser bastante plurais.

Voltando à Unicamp, os alunos estão empenhados em contar para o mundo o que o midiálogo tem. Por isso, fizeram um documentário sobre o tema e, seguindo a proposta do curso de extravasar as fronteiras de cada mídia, criaram também uma campanha de divulgação do vídeo, que inclui cartazes, jogos, página no orkut e, é claro, um blog, que você pode conhecer clicando aqui.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Sound and vision

Trecho de um texto sobre as mudanças que a internet traz para a música, escrito por Luiz Cesar Pimentel e publicado na edição de agosto da revista Cult:



Se o futuro do CD é incerto, nota-se que o espaço para quem faz, produz ou comercializa música é extenso se estiverem dispostos a se adequar à era virtual. E passe a régua com a opinião de um gênio desse universo, em artigo para o jornal New York Times de junho de 2002: "A completa transformação de tudo o que pensamos sobre música acontecerá nos próximos dez anos, e nada será capaz de detê-la (...) O 'consumo' da música será como o de água ou eletricidade. Os músicos devem estar preparados para fazerem turnês sempre, pois é a única situação que lhes restará para 'monetizarem'. Isso é terrivelmente excitante. E não importa se você acha excitante ou não, pois é o que acontecerá". Assinado não por Bill Gates, da Microsoft, nem por Steve Jobs, da Apple, nem por um geniozinho espinhento da web, mas por David Bowie.



Ele manja.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Participe

Um texto bem didático da Folha Online, publicado em 10 de junho de 2006, explica que "muitos consideram toda a divulgação em torno da Web 2.0 um golpe de marketing", pois "como o universo digital sempre apresentou interatividade, o reforço desta característica seria um movimento natural e, por isso, não daria à tendência o título de 'a segunda geração'".

Nós da redação do Bisnaga, que não somos gurus da tecnologia, achamos que a interatividade deve mesmo ter feito parte da internet desde que ela foi concebida em mentes geniais. Por outro lado, quando a gente começou a usar a internet, não sentíamos que ela era tão convidativa à participação. Talvez o potencial interativo da internet, no início, não estivesse tão claro para os leigos. De qualquer forma, essa discussão parece menos interessante do que analisar como esse potencial foi se expandindo ao longo dos anos.

Vamos dar um exemplo bem bobinho. Outro dia dois de nós bisnaguinhas estávamos conversando sobre que fim levou o Fulano, um site que há alguns anos constava na nossa lista de favoritos, porque oferecia um bilhão de testes e enquetes sobre tudo quanto é assunto. Quem respondia mais rápido, mais vezes e mais corretamente (existe isso?) ia acumulando pontos, que depois poderiam ser trocados por prêmios. Nós bisnaguinhas nunca chegamos a fazer a troca, mas nossa empolgação pra ficar respondendo quiz era gigantesca. O Fulano bombava de visitas. Todo mundo queria participar.

Por curiosidade, demos uma olhada no atual Fulano e encontramos um site bem do mixuruca. Não queremos meter o bedelho na decadência alheia, mas temos um palpite sobre o que pode ter ferrado o Fulano: hoje, quem quer produzir ou participar de alguma coisa na web tem um milhão de opções mais divertidas. Hoje, dizer que um site é interativo porque tem enquete e/ou teste sobre alguma coisa é até um pouco ridículo. Em época de jornalismo colaborativo, Ajax, RSS, tagging e Wiki, os nossos conceitos de interatividade são outros.

E porque a internet não pára de se transformar, é bem possível que, daqui a alguns anos, um ato como deixar um comentário em um blog se torne algo totalmente ultrapassado. Talvez as pessoas prefiram se pronunciar sobre o que outro escreveu publicando um arquivo de áudio ou entrando em uma teleconferência com o autor, no mesmo instante. Vai saber, né? Quando a gente instalou aquele maldito CD do UOL com sei lá quantos meses de provedor grátis, a gente nem sequer imaginou que um dia escreveríamos nesse tal de blog.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Nova fase

O Big Brother está de férias, o Pedro Bial já voltou para o Fantástico, o Alemão e a Siri não estão mais juntos, e o Bisnaga, depois de alguns ensaios, muda de vez seu foco. Se não chegamos a deixar as maravilhas do mundo dos reality shows, ampliamos nossos horizontes: a partir de hoje, o que nos parecer relevante no mundo da comunicação vai merecer post. Sejam bem-vindos de volta!

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Da janelinha, assistimos tudo

Em 12 de junho de 2000, Sandro do Nascimento seqüestra um ônibus na zona sul carioca. Seis mulheres são mantidas como reféns. Após quatro horas de tensão entre seqüestrador, seqüestradas e Polícia Militar, uma das vítimas é acidentalmente morta por um dos policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e o seqüestrador é assassinado a caminho da delegacia. Depois de dois anos, a tragédia é tema de mais um documentário brasileiro que retrata a crescente violência nas principais capitais do País.

Assim como Notícias de uma Guerra Particular, de João Moreira Salles, e O Prisioneiro da Grade de Ferro, filmado pelos próprios detentos da extinta Casa de Detenção do Carandiru, em São Paulo, que utilizaram depoimentos verídicos para construir a narrativa, o documentário Ônibus 174, dirigido por José Padilha, choca pela maneira que expõe uma das grandes mazelas da nossa sociedade: a exclusão social e suas conseqüências. Construído a partir de técnicas jornalísticas, em que os envolvidos no episódio contam sobre o tipo de relação que mantinham com Sandro e opinam sobre o ocorrido, o filme pode parecer para alguns como uma tentativa de inocentar Sandro de sua atitude. Ou, ao contrário, pode ter sido feito para mostrar a atrocidade que esse “bandido” fez e o que isso mereceu.

No entanto, a questão mais importante não é avaliar o grau de culpabilidade de Sandro. Se ele era ou não um criminoso e merecia morrer na cadeia (ou no camburão), não é caso agora, apesar de sermos totalmente contrários a tal prática. Mas as dúvidas sempre pairam em nossas cabeças. Por que as políticas públicas não funcionam? E por que insistimos em não fazer nada com a desculpa de que é impossível dar conta de toda a miséria e violência que permeiam a vida de pessoas como Sandro? Paramos nos porquês e nunca chegamos aos “comos”. Como resolver? Como prevenir? Como (re)habilitar uma pessoa sem estrutura alguma? Aliás, habilidade é o que parece faltar em todos nós. Habilidade para lidar com essas situações.

A verdade é que Padilha consegue incomodar e tirar parte de uma venda que cega voluntariamente classes mais abonadas. Os relatos que reconstroem mais essa tragédia humana são de policiais envolvidos, das vítimas que sobreviveram, de jornalistas que transmitiram em tempo real a ação policial e os movimentos de Sandro dentro e fora do ônibus e de amigos e familiares do rapaz. Os micro-depoimentos se complementam e formam uma história maior, que vai além daquele ônibus e nos atinge em cheio enquanto sentamos em frente à televisão.

terça-feira, 29 de maio de 2007

No limite

O desabamento nas obras do metrô de São Paulo é um exemplo recente de cobertura que se enquadra na categoria “situação limite”, analisada por Ramón Salaverría em Los cibermedios ante las catástrofes: del 11S al 11M. Foi um acontecimento que rompeu, de maneira imprevista, a pauta informativa diária, causou súbito aumento do tráfico da web e acelerou o ritmo da produção de notícias. Por se tratar de um fato trágico, que causou 7 mortes, o impacto causado foi ainda maior. A cobertura dos sites brasileiros foi extensa, visto que o assunto se prolongou por diversos dias (depois do acidente em si, houve um período de resgate das vítimas, o desmonte da grua, as investigações sobre o caso e a retomada das obras). Alguns portais, no entanto, tiveram mais sucesso que outros.

O Terra, por exemplo, não organizou seu conteúdo em uma seção especial. Ao procurar informações sobre o desabamento do metrô, o internauta conseguia, apenas, acessar uma lista de notícias sobre o assunto, em ordem cronológica. Apesar de disponibilizar muitos textos, o conteúdo não ficou bem organizado. Vídeos, fotos e arquivos de áudio eram difíceis de encontrar. O internauta tinha que, de certa forma, adivinhar qual daqueles títulos comportava conteúdo multimídia. Nota-se, ainda, que o portal corrigiu algumas notícias, como o que falava sobre os horários do rodízio de carros em São Paulo, que fora alterado devido ao acidente. Essa atitude é importante, visto que, em seu texto, Salaverría afirma que muitas informações erradas dadas nos sites espanhóis durante a cobertura dos atentados de Madrid, em 2004, nunca foram corrigidas, apenas excluídas da web, sem explicações. O Terra também investiu na participação do internauta, pedindo que eles “opinassem sobre o caso” e que mandassem fotos e notícias para o Vc Repórter. O problema é que, também nesse serviço, o conteúdo ficou desorganizado.

Na Folha Online, a convergência dos meios – tão destacada por Salaverría – abriu espaço para uma cobertura muito mais completa que a usual. A versão online do jornal criou um hotsite especial para a cobertura, incluindo seções especiais com explicações sobre cada momento do desabamento. Pela rapidez das informações, a versão online acabou realmente assumindo a função de protagonista na cobertura. A internet confere mobilidade aos meios, e as pessoas não precisam esperar mais pelo dia seguinte para ler as primeiras notícias sobre algum determinado assunto em uma revista ou jornal. Além disso, em casos como esse, o aproveitamento dos recursos multimídias - também destacado no texto de Salaverría - possibilita com muito mais rapidez a primeira imagem do acidente. Assim, a Folha usou infográficos, galeria de imagens, mapas e textos complementares como “entenda o caso”, “leia sobre outros acidentes”, “saiba sobre a linha 4” e “saiba sobre a Odebrecht”. O conteúdo ficou bem organizado e o internauta teve facilidade de encontrar o que queria.

O iG manteve uma página com as últimas informações sobre o trabalho do Corpo de Bombeiros e o resgate das vítimas. Além disso, dentro do site era possível acessar um link para ver um vídeo feito por um cinegrafista amador em que um caminhão caía dentro da cratera. Outra ferramenta utilizada pelo portal foi um espaço aberto para aquele internauta que passava pelo ponto da Marginal Pinheiros próximo ao local do desmoronamento. O usuário era convidado a mandar depoimentos sobre o que presenciou e fotos ou vídeos da tragédia. Os internautas mandaram fotos, deram depoimentos e fizeram comentários. Nesse sentido, o site mostrou que o jornalista se torna uma ponte entre o leitor e o meio de comunicação. O iG também mostrou infográficos que explicavam tanto o desmoronamento quanto o desmonte da grua. A cobertura foi extensa, mas o conteúdo não foi reunido em uma página especial, como na Folha Online.

Em geral, pode-se dizer que a cobertura do desabamento do metrô foi mais quantitativa do que qualitativa. As notícias foram muitas e postadas rapidamente, de modo que os sites primaram pelo imediatismo. No entanto, faltou organização, o que revela que uma das grandes dificuldades da internet é lidar com a grande quantidade de informação disponível.

De volta?

Depois de um longo hiatus, estará o Bisnaga de volta? Veremos.
Em tempo: o famoso vídeo do Povo Fala, pelo jeito, não aparecerá por aqui. Promessa não é dívida.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Ops

Hoje recebemos a nossa reportagem O Povo Fala avaliada por quem entende do assunto - a professora - e o resultado não foi dos melhores. Ela gostou do vídeo em si, da edição e talz, mas achou o tema pouco jornalístico, "meio TV Fama".

De fato é, né? Ninguém vai dizer que BBB é uma questão crucial do mundo, mas nós bisnaguinhas não tínhamos entendido que a reportagem tinha que passar em um jornal jornal mesmo. A gente achou que podia ser uma coisa bem informal, se não TV Fama, pelo menos Video Show. Achamos errado. Em breve são vocês que vão poder achar algo, já que o vídeo vai ficar "em cartaz" no Bisnaga.

domingo, 22 de abril de 2007

Aula na TV

Na semana passada, o Bisnaga deu uma boa dica para aqueles que, como os membros da redação, adoram ver gente ficando constrangida na TV. Na ocasião, avistamos um momento vergonha alheia em potencial no Marília Gabriela Entrevista, porque a apresentadora que dá título ao programa perguntaria a Diego Alemão se ele já tinha chegado aos finalmentes com sua amada Íris.

Como bons aspirantes a jornalistas, nós do Bisnaga pensamos em alguns eufemismos e insinuações que Marília Gabi Gabriela poderia usar na hora de fazer tal pergunta. No entanto, fomos surpreendidos pela finesse da so-called melhor entrevistadora do Brasil (suspiro), que para nosso deleite soltou a seguinte pérola:


- E o sexo, deu certo?


A frase seria cômica por si só, mas ficou melhor ainda quando pronunciada pela Marília Gabriela, com sua característica balançada de cabeça e seu característico tom de voz de quem acha que está fazendo a pergunta mais séria e relevante do mundo inteiro. Vendo que o Alemão estava envergonhado, ela se justificou lindamente:


- Não, porque é importante, porque tem essa coisa de você confinado, e ficar pensando, e aí o platonismo é uma história.


A frase - que para os padrões do Gilberto Gil deve ter sido genial - seria cômica por si só, mas ficou melhor ainda com os gemidinhos da Marília Gabriela. Realmente, a mulher estava inspirada. Tão inspirada que ainda lançou mais uma:


- E vocês também estão preparados para eventualmente se o romance acabar? Porque o confinamento terminou e vai ter um convívio e tal.


Retiramos o suspiro entre parênteses de algumas linhas acima: sem dúvida, é a melhor entrevistadora do Brasil. Quando crescermos, nós bisnaguinhas queremos ser igual à tia Gabi. E vocês, leitores, depois de conferir esse marco do jornalismo mundial, também vão querer:

sábado, 21 de abril de 2007

Salvação

Dizem por aí que a Globo quer dar um up na novela das oito, Paraíso Tropical, às custas do vencedor do BBB, Diego Alemão. A idéia mirabolante teria partido do diretor Dennis Carvalho, e o papel da nova sensação da TV seria o de um garoto de programa. Se aceitar o convite, Alemão vai ter um caso com a personagem Ana Luísa, interpretada pela atriz Renée de Vielmond, aquela que é casada com o ex-bonzinho e atual chifrador profissional Tony Ramos.

Paraíso Tropical vem patinando no ibope por razões diversas, entre elas a falta de química do casal Fábio Assunção e Alessandra Negrini e o formato "paisagens do Rio de Janeiro" que lembra muito a antecessora Páginas da Vida (e praticamente todas as novelas das oito, na verdade). Para a direção da Globo, Alemão pode ser a única pessoa capaz de salvar Gilberto Braga e companhia de um fiasco total. Vale lembrar que Grazi Massafera foi um dos maiores destaques de Páginas, cerca de dois anos depois de ter estourado no BBB. Imagina o estrago que o Alemão não faria bem agora, no auge.

Nenhum membro da redação do Bisnaga é ator ou especialmente fã das técnicas ensinadas no Actors Studio, mas nos parece meio bizarro que a principal emissora de teledramaturgia do país aposte tantas fichas em um cara que até ontem era administrador de empresas. Não é que a gente já esteja supondo que ele não tem talento. Pode ser que tenha, ué. Tem gente que arrasa sem nunca ter estudado atuação na vida. Quem é que pode ter certeza? Até agora o que a gente sabe é que ele é muito popular.

Será sinal dos tempos que a tão sagrada novela das oito, a instituição novela das oito, não só incorpora ex-BBBs ao elenco, mas os encara como salvadores da pátria? Hum...

Sob velha direção

A redação é a mesma, mas o nosso layout...quanta diferença!

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Ilhados

Dois dias depois da gravação da reportagem O Povo Fala, chegou a hora de editarmos nossas imagens, escolhendo apenas o melhor dos nossos 27 minutos de material.

Em um primeiro momento o pequeno estúdio de TV, com seus vários monitores e milhares de botõezinhos, pode ser um pouco intimidante. Mas graças à ajuda dos técnicos muitíssimo prestativos, conseguimos passar pelos obstáculos tecnológicos e assistir nossas entrevistas.

Descobrir ou relembrar a resposta de cada entrevistado foi sem dúvida a parte mais divertida do trabalho. Nos surpreendemos com pessoas engraçadíssimas que soltaram pérolas do tipo “não assisto Big Brother porque prefiro programas de qualidade, como o Pânico ou o Faustão”. Ou ainda um fã de carteirinha da emissora, que acompanha o programa porque só gosta da “Grobo” e assiste tudo que é da “Grobo”. Conversamos com todo tipo de pessoa: de velhinhas revoltadas, passando por venezuelanos e ingleses, até meninas super fãs do Diego Alemão.

A etapa seguinte foi um pouco mais complicada: tínhamos que escolher apenas 2 minutos para entrar na versão final. Tínhamos um bom material, e se deixássemos tudo o que havíamos gostado, ultrapassaríamos esse limite. Conseguimos, com dor no coração, deixar algumas respostas de lado e concluir nossa edição.

Do alto da nossa modéstia (até parece), podemos dizer que o trabalho pronto ficou muito legal, extremamente engraçado. Por isso sentimos que é mais do que justo usarmos as "páginas" do Bisnaga para agradecermos a todos que nos ajudaram nessa empreitada: o técnico do laboratório de TV, o cinegrafista e principalmente a todos que passavam pela Paulista no dia 3 de abril e pararam para falar com a gente!

Para expressarmos nossa gratidão, prometemos ser bem mais simpáticos com câmeras, repórteres e pessoas em geral que queiram fazer uma perguntinha pra gente no meio da Paulista - desde que ela não seja "gosta de teatro?" ou "já conhece o cartão blá blá blá?". Gratidão tem limite, né?

domingo, 15 de abril de 2007

Motivo

Um pouco antes da final do BBB 7, Eduardo Valente, do Cinética, publicou um artigo intitulado Por que eu assisto ao Big Brother Brasil?. O artigo apresenta bons argumentos, e vale a pena ser lido em sua íntegra. Abaixo, alguns dos melhores trechos do texto:

Para mim é impressionante pensar no trabalho envolvido no acompanhamento de 40 câmeras e outros tantos microfones, buscando criar uma dramaturgia que simplesmente nunca pára de ser escrita.

Este trabalho de edição é complexo por uma outra série de motivos – sendo o primeiro deles, claro, o fato de que o roteiro não está escrito. Assim, por mais que se deseje manipular o que acontece dentro da casa através de cortes e retiradas de contexto (o que, é importante dizer, não me parece nada de errado – afinal em reality show, as pessoas parecem esquecer que a palavra principal para o programa é show), esta manipulação se dá sempre a posteriori, e sempre pode precisar ser repensada a partir de eventos que aconteçam a seguir.

Esta possibilidade de interpretar a si mesmo (um “eu” consciente do estado de teatro constante em que se encontra) vem junto com uma responsabilidade quase imensurável – afinal, quem conseguiria ser “coerente” (seja lá o que seja isso) a um mesmo personagem 24 horas?

Outra crítica é de que o ócio em que vivem é mau exemplo para o espectador e que sua inacessibilidade ao estudo ou à cultura seria um desserviço da televisão – ora, por mais sensível que eu seja à necessidade de se incentivar o interesse pela educação e cultura, eu não quero ficar assistindo pessoas lendo ou tendo aulas numa tela de TV: uma questão não tem a ver com a outra (assim como as críticas aos personagens por serem “burros” ou “pouco interessantes” falam mais do preconceito, ou hipocrisia, de quem assiste, e da sua pouca capacidade de enxergar interesse em seres humanos ou personagens para além de noções pré-concebidas do que seja a cultura).

A via sacra...


Em outro post, falamos sobre o grande destaque que Diego "Alemão" está tendo na mídia. Para aproveitar o calor do momento, a equipe de produção do GNT optou por colocar a entrevista de Diego para Marília Gabriela no lugar da já agendada entrevista com a ex-bbb Grazi Massafera.

De fato, é impressionante notar como a Globo consegue se aproveitar da fama dos grandes destaques do BBB. Em pouco tempo, Diego já comentou futebol ao vivo, já foi jurado da Dança dos Famosos no Faustão, já fez um piquenique televisionado em companhia de sua namorada Íris, participou do Altas Horas, e esteve durante toda a semana no Video-Game, da Angélica.

A cada notícia publicada sobre Diego no site da Folha, ou sobre a participação dos ex-bbs em programas da Globo, geralmente as mais lidas do site, como esta que você vê abaixo, aparece sempre um mesmo termo: a "via sacra".

A presença de Diego no Altas Horas foi mais uma etapa da via-sacra enfrentada pelos ex-participantes do BBB7 pela programação da Rede Globo.


O site da Folha não se engana, é praticamente uma procissão que essas 16 pessoas, ou as mais momentaneamente famosas delas, estão participando. A Globo, por enquanto, tem exclusividade total sobre todos os participantes, e até que todo interesse sobre eles se esgote, é a Globo quem vai garantir mais ibope.

Quando acabar essa "via sacra" pela Globo, inicia-se a "via sacra" pela televisão brasileira. E todos os programas "B" de outras emissoras vão tentar lucrar ao menos o pouco que resta com os ex-bbs. E tudo que veremos é Fani participando do programa do Gilberto Barros, Alberto como jurado no Raul Gil, Airton participando das brincadeiras do Gugu, Carol no programa da Sônia Abrão comentando o BBB 8, e todos sendo ridicularizados por Vesgo e Sílvio.

Nada é novidade no Big Brother, mas ano a ano é esse o programa que mais dá audiência e não sai da boca do povo.

Ano que vem tem mais.

Update

dois posts atrás nós falamos sobre Red Road, filme dinamarquês que se passa em uma sociedade vigiada por câmeras, e dissemos que a produção não tinha data para chegar ao Brasil.

No entanto, vimos que o trailer já está passando no Cinesesc e que a estréia está marcada para o dia 4 de maio. O título em português é - argh - Marcas da Vida.

A redação do Bisnaga está curiosa, mas também com um pé atrás e uma certa má vontade em relação a ele. É que, no trailer, os caras reproduzem trechos de críticas de jornal que dizem "esse filme ecoa Haneke" e "esse filme lembra tal filme do Lars Von Trier". Tudo bem, é o primeiro longa desse tal Andrea Arnold, mas que respeito a gente vai ter por um cara cujo grande mérito é imitar cineastas famosos? A originalidade da proposta já se perdeu na falta de originalidade do diretor, pô. Assim não dá.

sábado, 14 de abril de 2007

Troca-troca

Em entrevista à Marília Gabi Gabriela que vai ar neste domingo, às 22h, no GNT, Diego Alemão garante que o romance com Íris continua, e que agora os dois já se conhecem...melhor. Vale assistir o programa só pra saber quais palavras a Marília Gabriela usou para fazer uma pergunta tão pessoal. Se bem que, sendo o entrevistado um ex-Big Brother, entrar na intimidade deve ser mais fácil. Se expôs uma vez, um abraço. Sua vida sexual virou domínio público.

A grande curiosidade dessa história toda é que a entrevista com o Alemão entrou de última hora no lugar de um programa já gravado com ninguém mais ninguém menos que Grazielli Massafera, grande destaque do Big Brother 5. Ainda no campo das curiosidades, enquanto o Alemão foi na Marília Grabriela para falar do início do relacionamento com Íris, Grazi iria falar sobre o fim do namoro com o também ex-BBB Alan. Só que agora ela não tem data para ir ao ar.

Fazer o quê, né? Novela das oito pode até dar uma prolongada nos seus quinze minutos de fama, mas para cada Big Brother há um participante bola da vez. E que seja eterno enquanto dure.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Watching you

Estreou hoje nos Estados Unidos Red Road, primeiro longa de Andrea Arnold, vencedor do Oscar 2005 pelo curta Wasp. Premiado pelo júri em Cannes, a produção conta a história de Jackie, uma mulher cujo serviço, advinhem, é observar a vida das pessoas. Isso porque o filme se passa em uma sociedade completamente vigiada, ou como explica A.O. Scott, crítico de cinema do The New York Times:

"Red Road takes place in a world where the daily activities of citizens are subject to constant surveillance. That is, it takes place in an ordinary city — Glasgow, as it happens — at the present time. The dire Orwellian warning that Big Brother is watching has evolved from a grim fantasy of totalitarianism into a banal fact of life, in democratic as well as in authoritarian societies. The security cameras fastened on lampposts and the sides of buildings, after all, are put there with our safety in mind, and we have learned to view them with more reassurance than alarm when we notice them at all."

O trailer - que está aí embaixo - é bem sombrio e a proposta parece interessante, pois a protagonista se relaciona com um homem que observa, e isso traz um climão de suspense e tal e coisa e coisa e tal. Red Road não tem previsão de estréia no Brasil.

Com ver gentes

É interessante perceber o fascínio que a televisão exerce sobre as pessoas. E não é só sobre o brasileiro, que diz ter vergonha, mas que não resiste àquela lente que parece intimidar até o mais experiente apresentador de TV, mas também sobre estrangeiros.

No dia em que saímos às ruas para a gravação da reportagem O Povo Fala, encontramos um grupo de ingleses e um outro de venezuelanos, que concordaram em dar uma pequena declaração sobre o Big Brother. Ambos gostavam do programa e ficaram bem animados em dar uma entrevista para a "televisão".

Por outro lado, muitas pessoas não queriam nem saber qual era a questão que aquele grupo de estudantes estava fazendo. Então percebemos que uma abordagem mais direta funcionaria melhor do que “posso te fazer uma pergunta?”.

Não sabemos se era a imponência do conjunto câmera + microfone + repórter de televisão que fazia as pessoas pelo menos olharem para nós, mas funcionou. Mesmos aqueles que diziam ter pressa, paravam por um segundo depois que ouviam o nome do programa. Será que eles pensavam que a entrevista era pro Fantástico?

Também foram engraçadas as reações e o tratamento dispensado à repórter nas ruas: abraço de uma senhora, cantada de homem “sedutor” e perguntas sobre a qualidade da resposta, como se nós da TV soubéssemos de tudo. E olha que nem da TV nós somos!

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Mistério

Uma das coisas mais curiosas que aconteceram durante a gravação da reportagem O Povo Fala foi a necessidade de mudarmos a pergunta que estávamos fazendo no meio do processo. É que quando perguntávamos "por que você assiste Big Brother?", muitas pessoas davam a seguinte resposta:

- Não assisto.

Para que isso não servisse de desculpa para apressadinhos, envergonhados e/ou mal humorados não darem seus depoimentos, resolvemos mudar a questão para "o que você acha do Big Brother?". Aí ficou mais difícil para a tchurma escapar.

Ainda assim, nos chamou a atenção o grande número de pessoas que NÃO assiste Big Brother. Aliás, tem tanta gente que NÃO assiste Big Brother que fica difícil entender como esse programa consegue ser sucesso de audiência.

Mas tudo bem. Quem nunca escondeu uma Contigo! dentro de uma Caros Amigos que atire a primeira pedra :-)

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Aquecimento

Antes do povo, fala Pedro Bial...

terça-feira, 10 de abril de 2007

Vencedor

A essa altura do campeonato todos conhecem esse rosto, estampado em todas as Ti-ti-tis da vida durante os sabe-se-lá quantos meses em que a Globo exibiu o Big Brother Brasil 7. É o administrador de empresas Diego Bissolatti Gasques, Alemão para os íntimos.

No caso, íntimos somos todos nós, ou pelo menos todos os milhares de telespectadores que acompanharam o reality show. Seguindo o figurino, quer dizer, o formato, o BBB 7 acabou com a idéia de privacidade, e mostrou brigas, amores e outras coisitas do nosso amigo aí de cima. Resultado: com 91% dos votos, o cara foi escolhido pelo público (ao menos em tese, né?) para receber nada mais nada menos que 1 milhão de reais.

Como nossa gravação do trabalho O Povo Fala cairia bem na data da final do programa (3 de abril de 2007), resolvemos fazer a seguinte pergunta às pessoas que passassem pela Avenida Paulista naquela manhã: afinal, por que você assiste Big Brother?

Pergunta bem simples, mas que rendeu boas respostas, a serem conferidas aqui mesmo. Fique de olho para dar aquela espiadinha...

Start me up

Diálogo no telefone 1:

Rê - Hoje eu falei pro pessoal que sempre quis ter um coelho chamado Bisnaga e todo mundo ficou me zoando. Você não acha que ia ser legal um coelho chamar Bisnaga?
Lu - Sei lá, Rê, acho que ia.

***

Diálogo no telefone 2:

Lu - Precisamos de um nome pro nosso blog.
Rê - Ah, já que eu não posso ter um coelho chamado Bisnaga, bem que eu podia ter um blog, né?

***

E assim foi.