quarta-feira, 19 de setembro de 2007

O futuro é agora

Bisnaga, 12 de setembro de 2007:

E porque a internet não pára de se transformar, é bem possível que, daqui a alguns anos, um ato como deixar um comentário em um blog se torne algo totalmente ultrapassado. Talvez as pessoas prefiram se pronunciar sobre o que outro escreveu publicando um arquivo de áudio ou entrando em uma teleconferência com o autor, no mesmo instante.


USA Today, 18 de setembro de 2007:

TMZ.com, the fast-growing entertainment blog co-owned by AOL, has started letting readers post audio comments about items on its website for playback by other people at the site. That's a next-generation leap from the written comments many sites have added.


Daqui a alguns anos....pfffff...

Bodas de prata

O aniversariante da semana é um jovem que nasceu no dia 15 de setembro de 1982 causando grande impacto na imprensa mundial. Antes de a internet se tornar a febre que é hoje, ele já estava atento às tendência do futuro. Ele é o USA Today, jornal norte-americano famoso por usar muitas cores, gráficos e imagens em suas páginas, além de publicar textos curtos e fáceis de ler.

Hoje a proposta pode até soar banal, mas na época foi tão inovadora que chocou muita gente. Aos poucos, muitos jornais aderiram a algumas das propostas do USA Today, que também foi ganhando maturidade e aprendendo a importância de se investir em reportagens de fôlego. Atualmente, o diário tem circulação de 2,3 milhões de exemplares, a maior dos Estados Unidos. Para quem não conhece esse jovem revolucionário, fica a dica: www.usatoday.com





segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Quando a TV é genial

Ontem foram entregues os prêmios do Emmy, considerado o Oscar da televisão americana. A cerimônia foi mais chata que o normal das premiações, mas valeu a pena assistir porque Jon Stewart, Stephen Colbert e Steve Carrell nos presentearam com um dos momentos mais hilários da TV. Começou com uma zoação com o Al Gore, passou por uma zoação com as premiações e terminou numa festa. Não percam, são só 4 minutinhos:

sábado, 15 de setembro de 2007

Regra de três

O blog do Josias de Souza informou que as concessões das quatro maiores emissoras de TV do Brasil (Globo, Bandeirantes, SBT e Record) expiram em 5 de outubro de 2007. Essas concessões vencem a cada 15 anos, e é sempre a mesma coisa: os chefões das redes se encontram com o presidente do Brasil, assinam uns papéis, renovam a licença e tudo continua igual.

Como dessa vez quem está no poder é o companheiro Lula (que sabe-se lá como continua com a imagem de líder esquerdista), os movimentos sindicais e sociais querem ver se a coisa muda de figura. CUT, UNE e MST já começaram a pressionar o governo a "verificar se as emissoras estão cumprindo o seu papel" antes de renovar as concessões. Mais: pedem "controle social" aos meios de comunicação eletrônicos e querem participar do debate. No próprio dia 5 eles começam uma campanha "por democracia e transparência nas concessões de rádio e televisão do país", em atos públicos que se estenderão por todo o mês, em Brasília e outras capitais.

O argumento principal é que as emissoras de TV ferem o artigo 221 da Constituição, segundo o qual a programação dos meios de comunicação deve cumprir o seguintes pontos: “preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente; regionalização da produção cultural, artística e jornalística; e respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família”.

A nós bisnaguinhas, a idéia é bacana e tal, mas já parece meio fadada ao fracasso, por três motivos principais:

1. O óbvio: quem vai querer comprar briga com a Globo?

2. O político: mesmo que o Lula resolva cassar a licença de qualquer emissora, o projeto ainda precisa ser aprovado por pelo menos dois quintos da Câmara e do Senado; um número muito maior do que isso é dono (ilegal) de concessão. Logo, é bem provável que vigore a lei do "esconde o seu que eu escondo o meu".

3. O constitucional: vamos esperar que os outros artigos da nossa Constituição sejam um pouco menos abrangentes que o 221; dá cinco minutos pro advogado da Globo e ele prova por a mais b que até o Big Brother tem finalidades artísticas, culturais e informativas.

Midi...quê?

Você sabe o que faz um midiálogo? Assim como nós bisnaguinhas, provavelmente não. Então aqui vai a primeira dica: o midiálogo é o profissional que se forma em um dos mais recentes e disputados cursos da Universidade Estadual de Campinas: Comunicação Social – Habilitação em Midialogia. Ajudou? Curiosamente, não muito.

Em 2007 o curso forma sua primeira turma (a dos ingressantes em 2004), e até agora ninguém parece saber direito se Midialogia está para a Unicamp como Imagem e Som está para a Ufscar, Audiovisual está para a USP, Jornalismo e/ou Rádio TV está para a Cásper, etc.

A ficha do curso define que ele está "organizado em torno de um conjunto de disciplinas obrigatórias nas áreas de formação humanística e tecnológica, na área de formação estética e de instrumentos de expressão e em desenvolvimentos de projetos integrados." E segue, explicando melhor: "Mediante a fragmentação das linguagens [que, na verdade, é uma (re)criação de discursos a partir de vários originais para gerar um novo plano comunicacional], ao futuro profissional da área de mídia é pedido que saiba ler, que conheça os códigos e que manipule as ferramentas de luz, som, TV, rádio, cinema, vídeo, mídia digital, entre outras. "

Traduzindo para o bisnaguês, o curso de Midialogia é um resultado ou pelo menos um reflexo da importância que a convergência de mídias está ganhando tanto no mercado quanto nas universidades brasileiras. É cada vez mais fundamental que um profissional de comunicação saiba lidar com todo tipo de formato e linguagem, e é por isso que os cursos da área (seja Jornalismo, Publicidade, Rádio e TV, Cinema ou qualquer outro) precisam ser bastante plurais.

Voltando à Unicamp, os alunos estão empenhados em contar para o mundo o que o midiálogo tem. Por isso, fizeram um documentário sobre o tema e, seguindo a proposta do curso de extravasar as fronteiras de cada mídia, criaram também uma campanha de divulgação do vídeo, que inclui cartazes, jogos, página no orkut e, é claro, um blog, que você pode conhecer clicando aqui.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Sound and vision

Trecho de um texto sobre as mudanças que a internet traz para a música, escrito por Luiz Cesar Pimentel e publicado na edição de agosto da revista Cult:



Se o futuro do CD é incerto, nota-se que o espaço para quem faz, produz ou comercializa música é extenso se estiverem dispostos a se adequar à era virtual. E passe a régua com a opinião de um gênio desse universo, em artigo para o jornal New York Times de junho de 2002: "A completa transformação de tudo o que pensamos sobre música acontecerá nos próximos dez anos, e nada será capaz de detê-la (...) O 'consumo' da música será como o de água ou eletricidade. Os músicos devem estar preparados para fazerem turnês sempre, pois é a única situação que lhes restará para 'monetizarem'. Isso é terrivelmente excitante. E não importa se você acha excitante ou não, pois é o que acontecerá". Assinado não por Bill Gates, da Microsoft, nem por Steve Jobs, da Apple, nem por um geniozinho espinhento da web, mas por David Bowie.



Ele manja.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Participe

Um texto bem didático da Folha Online, publicado em 10 de junho de 2006, explica que "muitos consideram toda a divulgação em torno da Web 2.0 um golpe de marketing", pois "como o universo digital sempre apresentou interatividade, o reforço desta característica seria um movimento natural e, por isso, não daria à tendência o título de 'a segunda geração'".

Nós da redação do Bisnaga, que não somos gurus da tecnologia, achamos que a interatividade deve mesmo ter feito parte da internet desde que ela foi concebida em mentes geniais. Por outro lado, quando a gente começou a usar a internet, não sentíamos que ela era tão convidativa à participação. Talvez o potencial interativo da internet, no início, não estivesse tão claro para os leigos. De qualquer forma, essa discussão parece menos interessante do que analisar como esse potencial foi se expandindo ao longo dos anos.

Vamos dar um exemplo bem bobinho. Outro dia dois de nós bisnaguinhas estávamos conversando sobre que fim levou o Fulano, um site que há alguns anos constava na nossa lista de favoritos, porque oferecia um bilhão de testes e enquetes sobre tudo quanto é assunto. Quem respondia mais rápido, mais vezes e mais corretamente (existe isso?) ia acumulando pontos, que depois poderiam ser trocados por prêmios. Nós bisnaguinhas nunca chegamos a fazer a troca, mas nossa empolgação pra ficar respondendo quiz era gigantesca. O Fulano bombava de visitas. Todo mundo queria participar.

Por curiosidade, demos uma olhada no atual Fulano e encontramos um site bem do mixuruca. Não queremos meter o bedelho na decadência alheia, mas temos um palpite sobre o que pode ter ferrado o Fulano: hoje, quem quer produzir ou participar de alguma coisa na web tem um milhão de opções mais divertidas. Hoje, dizer que um site é interativo porque tem enquete e/ou teste sobre alguma coisa é até um pouco ridículo. Em época de jornalismo colaborativo, Ajax, RSS, tagging e Wiki, os nossos conceitos de interatividade são outros.

E porque a internet não pára de se transformar, é bem possível que, daqui a alguns anos, um ato como deixar um comentário em um blog se torne algo totalmente ultrapassado. Talvez as pessoas prefiram se pronunciar sobre o que outro escreveu publicando um arquivo de áudio ou entrando em uma teleconferência com o autor, no mesmo instante. Vai saber, né? Quando a gente instalou aquele maldito CD do UOL com sei lá quantos meses de provedor grátis, a gente nem sequer imaginou que um dia escreveríamos nesse tal de blog.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Nova fase

O Big Brother está de férias, o Pedro Bial já voltou para o Fantástico, o Alemão e a Siri não estão mais juntos, e o Bisnaga, depois de alguns ensaios, muda de vez seu foco. Se não chegamos a deixar as maravilhas do mundo dos reality shows, ampliamos nossos horizontes: a partir de hoje, o que nos parecer relevante no mundo da comunicação vai merecer post. Sejam bem-vindos de volta!